sábado, 26 de fevereiro de 2011

Gilgamesh



Gilgamesh (ou Gilgamexe) foi um rei Sumeriano,mais conhecido atualmente por ser o personagem principal da Epopeia de Gilgamesh, um épico mesopotâmico preservado em tabuletas escritas com caracteres cuneiformes. Gilgamesh foi o quinto rei da primeira dinastia de Uruk, datada de aproximadamente 2750 AC.seu reinado teria durado 126 anos. Após seu reinado, Gilgamesh foi considerado o mais ilustre antecessor dos reis sumérios, tornando-se objeto de lendas e poemas e sendo venerado como deidade. Vários relatos sobre seus feitos são conhecidos de maneira fragmentária a partir do segundo milênio AC, os mais antigos em sumério e os mais recentes em acádio. Numa destas lendas, Gilgamesh enfrenta e vence a Aga, rei de Kish, consolidando a independência de Uruk. Essa lenda, assim, reflete as lutas pela supremacia entre as cidades mesopotâmicas no início da história suméria. Na história da luta contra Aga um dos guerreiros mais destacados de Gilgamesh é Enkidu, que posteriormente é retratado como amigo do herói na Epopeia de Gilgamesh.

Epopéia de Gilgamesh

um longo poema cuja versão "padrão" foi compilada no último terço do segundo milênio AC em acádio, baseada em histórias mais antigas. Na obra, o rei é apresentado como filho de Lugalbanda e uma deusa, Ninsuna (ou Nimat Ninsun). Gilgamesh era, assim, um semi-deus, descrito como dois terços deus e um terço humano, dotado de força sobre-humana.
Tabuleta com escrita cuneiforme da Epopeia.

No início do poema, o herói é apresentado como o protetor de Uruk e construtor da magnífica muralha da cidade. Era, porém, um líder de personalidade arrogante e tirânica, que recrutava violentamente os jovens para o serviço militar e violava as virgens. Para contrabalançar o rei, os deuses criam Enkidu, um homem selvagem que torna-se inseparável amigo de Gilgamesh. Juntos os dois passam por várias aventuras como a viagem à Floresta dos Cedros, onde combatem e vencem o monstro Humbaba. Após retornar a Uruk com a madeira da floresta e a cabeça do monstro, a deusa do amor Ishtar tenta seduzir Gilgamesh. Este recusa-se, e Ishtar como vingança convence Anu - o deus sumério supremo - a enviar o Touro Celestial, que causa grande devastação. Gilgamesh e Enkidu matam o touro.

Enkidu é marcado pelos deuses para morrer, e adoece gravemente. Gilgamesh lamenta-se amargamente mas não pode ajudá-lo. Após a morte de Enkidu, Gilgamesh desespera-se ao tomar consciência de sua condição de mortal. Lança-se então numa busca pela imortalidade. Nesta busca o herói encontra Utnapishtim, sobrevivente de um grande dilúvio que acabou com toda a humanidade. Esta parte da história, com grande semelhança ao dilúvio narrado na Bíblia, é baseado no antigo épico acádio Atrahasis. Utnapishtim conta a Gilgamesh sobre uma planta que cresce sob o mar e que confere a imortalidade; com grande dificuldade o herói a consegue obter mas, num momento de descuido, a planta é roubada por uma serpente. Gilgamesh retorna a Uruk, encontrando as grandes muralhas construídas por ele, que seriam sua grande obra duradeira.

Utnapishtim, A INAPIRAÇÃO DO NOÉ SEMITA!

Utnapishtim (Ziusudra em sumério) também referido como Atrachasis, (que significa “muitíssimo sábio” em acádico) é o herói mítico babilônico assimilado dos sumérios, referido como rei e sacerdote de Shurrupak, filho de Ubara-Tutu, que tem seu nome geralmente traduzido como “ele que viu a vida”.

Sua lenda está inserida no poema Enuma Elish (cosmogonia suméria que antecede a bíblia em cerca de 1000 anos), que narra que o deus Enlil, desgostoso da maldade dos homens( para alguns "ruidosidade"), decidiu eliminá-los da face da terra ordenando uma grande inundação. Como Utnapishtim (Ziusudra) fosse protegido do deus Enki, foi por ele prevenido do desastre e instruído a construir uma arca e nela embarcar sua família e um casal de cada um e todos os animais.

Como se vê, este é o exato enredo da história bíblica de Noé, que segundo diversos estudiosos, tratar-se-ia de uma versão posterior,adaptada pelos semitas, baseada neste mito amplamente disseminado pela mesopotâmia (Carece de fontes).

Utnapishtim teria sido o sábio que Gilgamesh consultou sobre a buscada imortalidade, como conta a respectiva epopéia.

A CRENÇA SUMERIANA, SUA MITOLOGIA!

Os sumérios eram adeptos de uma religião politeísta caracterizada por deuses e deusas antropomórficosmundo material, noção esta bastante presente na posterior Mitologia Grega. Os deuses originalmente criaram humanos como servos para si mesmos, mas os libertaram quando se tornaram difíceis demais de se lidar. representando forças ou presenças no

Muitas histórias na religião suméria aparecem homólogas a histórias em outras religiões do Oriente Médio. Por exemplo, a idéia bíblica da criação do homem, bem como o dilúvio de Noé, estão intimamente ligados aos contos sumérios. Os deuses e deusas da Suméria têm representações similares nas religiões dos Acádios, Cananitas e outros. Da mesma forma, um número de histórias relacionadas a divindades têm paralelos gregos; por exemplo, a descida de Inanna ao submundo está impressionantemente ligada ao mito de Perséfone.

O universo surgiu quando Nammu, um abismo sem forma, enrolou-se em si mesmo num ato de auto-procriação, gerando An, deus do céu, Antu (Ki), deusa da Terra e Zuri, deus do equilibro entre as dimensões.

A união de An e Ki produziu Enlil, senhor dos ventos, que eventualmente tornou-se líder do panteão dos deuses. Após o banimento de Enlil de Dilmun (a morada dos deuses) por violentar Ninlil, a deusa teve um filho, Nanna, o deus da lua (mais tarde chamado de Sin (ou Sinnu). Zuri revoltado com o acontecimento, criou uma dimensão abaixo da terra, uma dimensão neutra. Da união posterior entre Sin e Ningal nasceram Inanna (deusa do amor e da guerra) e Utu (deus do sol, depois chamado de Shamash). Também durante o banimento de Enlil, o deus tornou-se pai de três divindades do submundo junto a Zuri e Ninlil. O mais famoso foi Nergal.

Nammu também teve um filho, chamado Enki, deus do abismo aquático ou Absu. Enki controlava também os Me, decretos sagrados que governavam coisas básicas como a física, e complexas como a ordem social e a lei.

Lista de Deuses

[editar] 13 Deuses Maiores

An
Ishkur (Adad)
Inanna Ishtar
Enki
Antu
Enlil
Sinki (Damkina)
Nanna (ou Innin, Innini)
Ninhursag
Ningal
Ninlil
Shamash (Utu, Babbar)
Zuri

[editar] Deuses e Deusas Menores

Anshar
Ereshkigal
Husbishag
Isinu
Ninki
Nammu
Kingu
Kiskil-lilla
Namtar
Nebo (Nabu)
Nergal
Nidaba
Ninisinna
Ninkasi
Nusku
Tiamat
Utukku

[editar] Semi-Deuses e Semi-Deusas

Dumuzi
Gilgamesh
Geshtinasnna
Gugalanna
Humbaba
Enkidu (herói)


Referências

  1. Gilgamesh (trad. da versão Sin-Leq-Unninnt para o inglês por John Gardner and John Maier, c/ Robert Henshaw), ISBN 0-394-74089-0, p.4

Bibliografia

  • Gilgamesh, Tradução de Pedro Tamen, Lisboa, Nova Vega, 2007.
  • Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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